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Acordo
com o Fundo Monetário Internacional aprofunda a dependência
externa
O
governo de Fernando Henrique Cardoso aumentou a dependência
do Brasil. Esta é a conclusão ao se analisar os dados
do próprio Banco Central, órgão do governo federal, publicados
na edição do dia 20 e agosto do jornal Folha de S. Paulo.
Em relação a dívida externa, os dados mostram o seguinte:
a-) De 1995 a 2000, o país passou a gastar mais
com a dívida externa – em 1995, os gastos com os juros
da dívida eram equivalentes a 3% do PIB (Produto Interno
Bruto, total das riquezas produzidas dentro do país) e,
em 2000, saltaram para 9,4% do PIB. Isto quer dizer que
de cada R$100,00 produzidos no Brasil, R$9,40 o governo
tira e manda para fora para pagar os juros da dívida.
b-) A dívida externa líquida (diferença entre o
que o país deve lá fora e o que tem de reservas em dólar)
cresceu de 20,8% do PIB para 39,6% do PIB. Isto significa
que, se o país tivesse que pagar toda a dívida hoje, teria
que pegar quase 40% das riquezas de cada um dos brasileiros.
c-) Em 1995, os gastos com juros da dívida equivaliam
a 46,1% da receita com exportações. Em 2000, os juros
da dívida consomem o equivalente a 101,7% das exportações
– isto é, nem que toda a receita gerada pela exportações
fosse destinada para pagar os juros da dívida, a conta
seria paga.
d-) Se o país quisesse quitar toda a sua dívida
necessitaria da receita de 3,5 anos de exportações.
Em suma, não há dinheiro no país o suficiente para pagar
todas as dívidas aumentadas pelo governo. Para fechar
a conta, o Brasil depende de entrada de dólares no país
e este dinheiro vem por meio dos especuladores internacionais
e também das multinacionais que compraram várias empresas
estatais. Por isto, a dependência do país aumentou.
Porém, ao menor sinal de crise, estes especuladores vão
embora e as multinacionais começam a aumentar a remessa
de lucros para os seus países de origem. É o que está
acontecendo agora, devido a crise argentina. Temerosos
de que a crise no país vizinho atingisse o Brasil, os
especuladores começaram a tirar os dólares daqui (por
isto, o dólar disparou de preço) e o governo foi obrigado
a buscar novos empréstimos no Fundo Monetário Internacional
(FMI) para fechar o “rombo”. Com mais empréstimos, aumentam
os juros e começa um ciclo vicioso.
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