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Mais um golpe da “cooperativa” é desmascarado

Dalila é multada pela DRT

No dia 16 de julho, a empresa Dalila foi fiscalizada p pela Subdelegacia Regional do Trabalho de Guarulhos, a pedido do Sindicato que recebeu denúncias de que a havia “cooperativas de trabalho” na empresa.

No seu relatório, o fiscal aponta a existência de oito empregados registrados em carteira e sete contratados por meio de uma cooperativa denominada Cooperwork do Brasil. O fiscal constatou que todos os “cooperados” cumpriam jornada diária das 7h30 às 17h30, com uma hora de refeição, de segunda à sexta, perfazendo um total de 45 horas semanais (portanto uma hora acima da jornada semanal máxima estabelecida na lei). Os trabalhadores da cooperativa tinham suas freqüências e horários controlados por uma cooperada que tinha a função de “gestora” entre os cooperados e a direção da empresa. A remuneração dos cooperados era de R$14,70 por dia efetivamente trabalhado, o que implica em uma remuneração mensal entre R$294,00 e R$323,40 (dependendo do número de sábados e domingos por mês), abaixo do piso da categoria que é de R$376,25.

O fiscal ainda constatou que os cooperados trabalham no mesmo local que os trabalhadores registrados, separados apenas por um biombo. Com tudo isto, o fiscal constatou que a situação dos cooperados era irregular, que de fato, eles eram empregados da empresa e deveriam ser registrados em carteira. O proprietário da Dalila negou-se a cumprir a determinação e a empresa foi multada por infrigir a legislação trabalhista. A empresa vai sofrer processo judicial e ser obrigada a pagar todos os direitos trabalhistas aos nove funcionários nesta condição.

Este é o preço que uma empresa que tenta burlar a lei pode pagar. O Sindicato avisa que vai ficar de olho nisto e exigir o respeito aos direitos dos trabalhadores. Essas atitudes configuram como crime contra a organização do trabalho.