informequim
jornal dos químicos de Guarulhos e região |
Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas, Abrasivos, Material
Plástico, Tintas e Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à central
FORÇA SINDICAL - Rua Francisco
Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800 - Macedo CEP: 07112-020
- Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio Silvan Oliveira - Jorn.
Resp.: Dennis de Oliveira (Mtb.18.447-SP)
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De
quem é a culpa do seqüestro de Sílvio Santos?
O
caso do seqüestro de Patrícia Abravanel, filha do empresário
e apresentador Sílvio Santos (que depois tornou-se refém
do próprio seqüestrador) mobilizou a opinião pública e
a mídia que se pergunta onde vamos parar no terreno da
segurança pública. Pois se um dos homens mais famosos,
ricos e queridos da população não está imune a este tipo
de violência, como ficam então os cidadãos comuns?
Infelizmente pouco tem-se falado da história de vida do
mentor do seqüestro, Fernando Dutra Pinto, um jovem de
27 anos, morador da zona leste da capital.
Fernando Dutra Pinto é um típico jovem filho de trabalhadores.
Nasceu aqui em Guarulhos, depois mudou-se com a família
para Itapevi e depois para a capital. Sua família é evangélica
- ele mesmo freqüentou a igreja durante muito tempo, acompanhando
o pai. Aos 14 anos, começou a trabalhar como empacotador
de supermercados, em Itapevi. Andou em outros empregos
e, quando ficou desempregado, procurou por duas vezes
o Centro de Solidariedade do Trabalhador em Guarulhos.
Apesar dos esforços do centro, não conseguiu colocação,
assim como muitos outros trabalhadores que procuram este
serviço. Por que? As empresas estão, cada vez mais, aumentando
as exigências para contratação, algumas até descabidas
tendo em vista as funções. Os empresários aproveitam a
situação de excesso de procura e pouca oferta para exigir
mais e mais.
O desemprego é um dos fatores que levou Fernando Dutra
para a criminalidade. Este foi um exemplo do que o
Sindicato vem falando há muito tempo. A violência, a criminalidade,
é fruto do aumento brutal do desemprego, da ausência de
perspectivas para os jovens e os pais de família. A vítima
deste seqüestro foi o Sílvio Santos, que pode contar até
com a ajuda do governador. Mas nem todas as vítimas recebem
a mesma atenção do supremo mandante do estado de S. Paulo.
Por isto, é hora de enfrentarmos este problema: somente
com mais empregos, mais justiça social, melhor qualidade
de vida que a violência vai reduzir. Esperamos que os
empresários e os governantes pensem nisto.
Toninho Silvan (presidente)
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