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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas,
Abrasivos, Material Plástico, Tintas e
Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à
Central Força Sindical
- Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800
e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio
Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto
Caju (Mtb.19.281-SP)
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É
preciso esquecer as vaidades |
Em
menos de dois meses de gestão, diversos ministros
do governo Lula estão batendo cabeça. Concedem
entrevistas abordando assuntos polêmicos; e após
a repercussão negativa tentam desmentir. Exemplo
disso foi a fala do ministro do Trabalho, Jacques Wagner,
a respeito da multa de 40% no FGTS nos casos de demissões.
Logo depois, outro colega de ministério defendeu
a fabricação da bomba atômica. Neste
jogo de vaidades, o ministro da Previdência, Ricardo
Berzoini, garantiu que seriam extintos os privilégios
na concessão de aposentadorias. Dias depois, ele
afirmou que os militares iriam para reserva com benefícios,
considerados mordomias pelo governo. É preciso
sair das luzes das câmeras de televisão e
afinar o discurso, esquecer as vaidades pessoais. A Previdência,
por exemplo, precisa apertar o cerco contra as empresas
que descontam a contribuição do salário
do trabalhador (ver reportagem nesta edição)
sem repassar o dinheiro aos cofres do governo. O Ministério
do Trabalho deve investir recursos na segurança
do trabalho, que por ano provoca prejuízo de R$
25 bilhões em todo o País.
Aliás, quanto à reforma da Previdência,
o ministro Ricardo Berzoini não pode observar somente
o lado político dessa questão, mas prestar
atenção às pessoas que desempenham
bom trabalho nas organizações profissionais.
Reconhecemos que o Brasil precisa de ação
emergencial, socorrendo as pessoas castigadas pela fome.
Porém, não é possível envolver
todos os ministérios nesta luta. É importante
criar alternativas para o resgate da dignidade humana,
por meio da criação de mais emprego, pois
a falta dele provoca o surgimento da fome, presente também
nas grandes cidades, inclusive em Guarulhos.
Também vejo com decepção a mudança
dos discursos de campanha e época de oposição
do PT sofrer alterações. Em diversas prefeituras
administradas pelo partido, ocorre o aumento de impostos,
prejudicando de forma indireta o trabalhador, já
castigado pela inflação que corrói
seu salário, igual fogo no papel. Há outros
mecanismos para aumentar a arrecadação,
livrando o operário de arcar novamente com a conta.
Antonio Silvan Oliveira é presidente do Sindicato
dos Químicos de Guarulhos e da Força Sindical
Regional nesta cidade.
E-mail: silvan@sindiquimicos.org.br
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