|
Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas,
Abrasivos, Material Plástico, Tintas e
Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à
Central Força Sindical
- Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800
e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio
Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto
Caju (Mtb.19.281-SP)
|
|
|
|
|
Deficientes
encontram oportunidade de trabalho no Aché Laboratórios |
Eles
prestam serviços em diversas áreas da empresa
e foram encaminhados pelo Centro de Solidariedade
O advogado André Rogério Graça, 26,
é um dos PPD (Profissionais Portadores de Deficiência),
como são chamados no Aché Laboratórios
este tipo de mão-de-obra profissional. Na empresa
eles prestam serviços em diversas áreas.
André é deficiente visual. “Estou
há cinco anos aqui. Fui o primeiro a ser contratado.
Comecei na área de informática. A responsabilidade
era grande, porque do meu sucesso ou fracasso dependeria
o sucesso de outras pessoas. Porém, tive muito
apoio e até hoje todos me ajudam”, explicou.
Segundo ele, é preciso sempre o deficiente tomar
iniciativa. “Se você é minoria, é
necessário adaptar-se à maioria. Não
é ela que tem de se adaptar a você. Desta
forma fica mais fácil obter auxílio, mas
é importante a tomada de iniciativa, porque ninguém
é obrigado lhe ajudar”, destacou.
O Centro de Solidariedade ao Trabalhador da Força
Sindical em Guarulhos, na avaliação da analista
de RH, Claudia Brito, desempenhou papel importante ao
encaminhar os deficientes ao Aché. “Fizeram
toda a triagem, inclusive os testes psicológicos,
cabendo a nós a entrevista. Apenas explicamos em
quais funções precisaríamos dessas
pessoas”, afirmou. Segundo ela, a proposta da empresa
era antecipar-se à lei que obriga à contratação
de certo número de deficientes. “Mesmo antes
de essa lei existir, a empresa já agia nesse sentido,
motivada pela certeza de que os portadores de deficiência
são perfeitamente capazes de trabalhar e trabalhar
bem”, destacou. De acordo com Claudia, a empresa
está se estruturando para contratar também
usuários de cadeiras de rodas, mas, enquanto isso,
já fez a admissão de profissionais com outras
deficiências”, disse.
A administradora de Recursos Humanos, Keli Pereira, explica
que o projeto, específico para contratação
de deficientes, começou no final de outubro de
2001. “Fizemos vários workshops com os colaboradores
a respeito do assunto. A nossa preocupação
era encontrar a melhor função para cada
deficiente em relação às vagas disponíveis,
e de que modo possibilitar-lhes um contínuo crescimento
profissional”, afirmou.
Segundo ela, os funcionários do Aché recepcionaram
os novos colegas de trabalho de forma agradável.
“Contagiaram a empresa com sua disposição,
vontade de aprender e alegria de viver. Descobrimos que
nós colocamos as limitações, não
eles”, disse. Keli explica que o Aché não
está preocupado apenas em cumprir a lei (ver texto
nesta página), mas propiciar a todos os colaboradores
o desenvolvimento profissional, ao desempenhar suas atividades”,
finalizou.
Opinião
O Sindicato tem pautado pela oportunidade de emprego para
deficientes, como destacamos em nossa convenção
coletiva e na lei. Frisamos que a contratação
não pode ser substitutiva. A proposta é
encontrar uma fórmula para não se tornar
uma competição no local onde trabalham deficientes.
Pois defendemos que deve existir solidariedade entre todos
os funcionários.
No ano passado, o Sindicato dos Químicos e Força
Sindical Regional Guarulhos promoveram a Semana do Deficiente,
onde foi destacado através de painéis como
as empresas da região poderiam contratar esta mão-de-obra,
uma vez que o Ministério do Trabalho estava atuando
as empresas que não obedeciam ao percentual exigido
na lei na contratação de deficientes no
seu quadro de funcionários. A partir daí,
o cumprimento da lei não se deu através
de atuação dos empregadores, mas de conscientização.
O Centro de Solidariedade ao Trabalhador contribuiu com
realização de cursos direcionados para este
público. |
|
|
|