informequim
jornal dos químicos de Guarulhos e região |
Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas, Abrasivos, Material
Plástico, Tintas e Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à central
FORÇA SINDICAL - Rua Francisco
Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800 - Macedo CEP: 07112-020
- Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio Silvan Oliveira - Jorn.
Resp.: Dennis de Oliveira (Mtb.18.447-SP)
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A
luta contra o racismo
A
diretora do Sindicato, Vilma Pardinho, é secretária de
assuntos raciais e direitos humanos da Força Sindical
e fala da luta contra o racismo
A Secretaria de Direitos Humanos e assuntos raciais da
Força Sindical Regional Guarulhos, além de instrumento
de luta dos trabalhadores, contribui para o desenvolvimento
de uma consciência anti-racismo na sociedade. As centrais
Sindicais devem representar uma alternativa concreta de
luta anti-racismo. Devem constituir-se no campo natural
para a organização dessa luta.
O primeiro passo para que se reconheça a questão racial
como uma questão nacional é entendê-la como de responsabilidade
de todos que lutam pela edificação de uma sociedade justa,
igualitária e fraterna. Para isso é necessário o rompimento
do histórico silêncio dos organismo de representação de
massa sobre a questão racial.
O conhecimento sobre as desigualdades raciais, que nos
leva à constatação de que um trabalhador negro com formação
universitária recebe o equivalente à metade do salário
de um trabalhador branco com igual qualificação, comprova
a teoria de que a discussão sobre a problemática racial
não pode estar dissociada da luta de classes, principalmente
porque a maioria dos trabalhadores é negra.
A Força Sindical, pôr ter uma estrutura democrática, tem
sido palco, desde o início de sua formação, da criação
de Comissões e de Secretarias de Negros. Estas Comissões
são constituídas pôr negras e negros dirigentes sindicais
ou ativistas do movimento negro ,comprometidos com a luta
anti-racismo.
As condições em que os negros exercem sua cidadania precisam
ser reconhecidas pôr todos como anômalas . Cálculos do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
de 1989, indicam que 44,2% da população brasileira, ou
mais de 65 milhões de pessoas, são “pretos” ou “pardos”.
No entanto, nas esferas de influência e de poder, a presença
negra é restrita, para não dizer nula.
A discriminação racial viola o direito à igualdade, um
dos pilares fundamentais da democracia. A Constituição
Federal aponta que é dever do Estado assegurar a igualdade
de direitos, de oportunidades e de tratamento, sem distinção
de qualquer natureza e sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminação,
de modo a transformar a democracia formal em democracia
de fato. Mas não basta a igualdade de todos perante a
lei. É preciso assegurar aos afro-brasileiros condições
dignas de vida. |
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