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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas,
Abrasivos, Material Plástico, Tintas e
Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à
Central Força Sindical
- Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800
e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio
Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto
Caju (Mtb.19.281-SP)
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Empresas
começam repor perdas salariais
A inflação
está batendo no bolso do trabalhador, com
o ICV do Dieese atingindo 17,38%
Aproximadamente 15 empresas já assinaram
acordos com o Sindicato dos Químicos de Guarulhos
pagando 10% de reajuste salarial aos seus funcionários.
Desta forma, o piso da categoria para os trabalhadores
beneficiados passou de R$ 448,00 para R$ 492,80.
“Essa cobrança é legítima
diante do atual quadro inflacionário do final
de 2002 e começo de 2003. Resolvemos conversar
com as empresas de forma individual, porque o sindicato
patronal foi insensível aos nossos argumentos”,
explicou o presidente Toninho Silvan. De acordo
com o secretário-geral dos Químicos,
João Pedro Pereira Neto, as negociações
foram boas, sem a necessidade de recorrer a paralisações.
Porém, a campanha de reposição
vai prosseguir, porque o valor conquistado em novembro
a inflação corroeu. “Todos os
dias diversos trabalhadores telefonam para o sindicato
cobrando reajuste dos salários. Nós
estamos correndo em busca de bons resultados. Todo
o tipo de indústria do setor será
atingido: abrasivos, tintas, farmacêutico,
químicos e plástico”, disse.
A campanha de reposição salarial não
tem conotação política com
gatilho. É uma demanda do trabalhador, pois
a inflação está batendo no
bolso do trabalhador e as pessoas sentem isso na
hora das compras num mercado. Na Akzo Nobel, explica
Silvan, desde setembro passado o sindicato pede
abertura de negociação para discussão
do Programa de Participação nos Resultados,
relativo a 2002, no valor de 50% do salário
nominal, com o mínimo de R$ 1.500,00. O faturamento
subiu de R$ 288,6 milhões, em 2000, para
R$ 367 milhões no ano passado. Só
no Brasil, onde emprega 2.400 funcionários,
ela tem uma receita anual de R$ 950 milhões.
Silvan explica que desde janeiro procura falar com
o sindicato patronal. “Como não obtivemos
nenhum êxito, partimos para conversas individuais
e muitos empresários foram mais sensíveis
e concordaram no reajuste de 10% como reposição
salarial”, disse. Segundo ele, não
há espaços para lideranças
sindicais, seja de empregados ou empregadores, quer
por preguiça ou incompetência, tentar
limitar-se a uma negociação anual.
“Os patrões dizem que a atual convenção
coletiva engessa as negociações, mas
o atual quadro exige processo contínuo de
negociação”, afirmou.
O INPC medido pelo IBGE em 12 meses até março
acumula alta de 18,54% e o ICV do Dieese soma 17,38%,
desde novembro o INPC já passa de 10%. De
acordo com pesquisa da Fipe que coordena o Índice
de Preços ao Consumidor (IPC), os preços
só vão começar a cair somente
no segundo semestre, se o dólar ficar num
patamar abaixo de R$ 3,20. Desde fevereiro o tomate,
batata, café e feijão subiram entre
2,99% e 18,64%. Só o café sofreu reajuste
de 7,36%. |
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